Questões sobre dor, anestesia, estrutura e idade são dúvidas frequentes das futuras mamães na hora de decidir entre o parto normal e a cesariana. Na reportagem abaixo, do Portal R7, especialista da Comissão de Mortalidade Materna da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia dá dicas para as gestates que podem optar entre os métodos.
Descubra os mitos e verdades sobre o parto normal e cesariana
Dúvidas sobre o tipo de parto mais adequado à saúde ou ao tipo físico da mulher são muito comuns entre as gestantes. Por isso, o R7 listou os questionamentos mais comuns para respondê-las.
Veja abaixo o que orientam o Ministério da Saúde, a ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) e a obstetra Lucila Nagata, da Comissão de Mortalidade Materna da Febrasgo (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia).
1- Parto normal dói mais do que cesariana?
Sim, pois, ao contrário da cesariana, a mulher tem de atingir o nível de dilatação do colo do útero apropriado para ter o bebê, o que geralmente causa dores semelhantes a uma cólica bem intensa. Na cesariana, é feito um corte na região pélvica, de onde é retirado o bebê. Pode ocorrer dor, mas bem menos intensa, pois a gestante recebe anestesia. A recuperação, no entanto, é mais lenta por se tratar de uma cirurgia. Em alguns casos, a recuperação é dolorosa a ponto de exigir o uso de analgésicos para aliviar o desconforto do pós-operatório.
2- Mulheres pequenas devem fazer cesariana e as altas, normal?
Não necessariamente. O tamanho do bebê é o que influencia a decisão, não o da mãe.
3- Se a mulher tiver quadril estreito, pode inviabilizar o parto normal?
É possível que um bebê seja grande demais para a bacia da mãe, ou que esteja mal posicionado e não permita o encaixe, por causa da falta de dilatação. Mas isso acontece somente com cerca de 5% dos partos.
3- A anestesia é necessária apenas no parto normal?
Não. Em qualquer cesariana há necessidade de anestesia, porque é feito corte. No procedimento normal a anestesia é dada quando a mulher entra em trabalho de parto.
4- É verdade que o bebê sofre durante o parto?
5- A mãe fica mais bonita depois de fazer parto normal?
Não há nenhum tipo de comprovação científica que comprove isso.
6- A presença do pai ajuda a mãe a relaxar na hora do parto?
A gestante tende a se sentir mais amparada, pois terá alguém que conhece dentro da sala cirúrgica.
7- Ter um bebê depois dos 40 anos é mais perigoso?
A idade da mulher pode influenciar durante a gestação, mas não na hora do parto. Tanto que ela pode optar por qualquer procedimento.
8- Fazer sexo aos nove meses induz as contrações?
Não há comprovação a respeito e não existe nenhuma contraindicação em se fazer sexo aos nove meses. O máximo que pode acontecer é a grávida entrar em trabalho de parto.
9- E se passar de nove meses e o bebê não nascer?
Os bebês costumam nascer com idade gestacional entre 37 e 42 semanas. Deste modo, até 42 semanas, se o pré-natal for adequado e todos os exames comprovarem a boa saúde do feto, não há motivos para preocupação. Por outro lado, caso os exames apontem para uma diminuição da vitalidade, a indução é indicada.
10- Se o bebê se enrolar no cordão umbilical, ele se enforca?
O cordão umbilical é preenchido por uma gelatina elástica, que dá a ele a capacidade de se adaptar a diferentes formas. O oxigênio vem para o bebê por meio do cordão direto para a corrente sanguínea. Assim, o bebê não pode sufocar.
11- O parto humanizado, como o de cócoras ou na banheira, é a melhor opção?
A escolha do parto primeiro é uma questão pessoal, mas quem preferir por estes tipos tem de se preparar psicológica e fisicamente. No parto de cócoras, por exemplo, a mulher terá de ficar agachada por pelo menos 10 minutos. Para ter esse condicionamento, os médicos indicam fazer exercícios específicos antes do parto. Para quem escolher fazer na banheira, é recomendável pedir orientação médica quanto ao procedimento e sobre as expectativas.
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