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terça-feira, 6 de fevereiro de 2018

Especialista dá dicas de como estimular o bebê durante a gestação

Conversas, músicas e o próprio contato físico na barriga geram muitos benefícios e tornam a experiência da maternidade ainda melhor

Estudos comprovam o que o sentimento já sabia. O contato com o bebê ainda dentro do útero é possível e contribui no desenvolvimento cognitivo e no fortalecimento dos laços familiares. Dra. Glaucimara Nunes, coordenadora da maternidade dos Hospitais Real D’Or e Oeste D’Or comenta o assunto e dá dicas de como potencializar esta comunicação e conhecimento, gerando uma sintonia especial ao longo da gestação.



Ainda durante a gestação, o bebê escuta e sente o que se passa com a mãe?

Muitos estudos confirmam que o bebê desenvolve uma sensibilidade muito grande – com a formação de seus órgãos sensitivos, capaz de absorver os sentimentos da mãe durante a gestação. A partir do quinto mês já está sendo formado o aparelho auditivo, o que permite que todos os sons externos sejam escutados pelo bebê. Portanto, é indicado que a mãe, o pai e familiares conversem com o bebê e demonstrem sensações de afeto.

A maneira com que a mulher se comporta, durante a gestação, pode interferir no desenvolvimento do bebê? De que maneira?

É indicado sempre que a mãe procure se manter mais calma possível, conversando com seu bebê desde a descoberta da gestação, transmitindo um ambiente de paz e tranquilidade – que são fatores relevantes para o bom desenvolvimento do feto. Quando a gestante se encontra envolvida a fatores de estresse e irritabilidade, estas sensações são percebidas pelo bebê e podem comprometer que sejam crianças saudáveis, pois é possível que esta mãe desenvolva diabetes gestacional, picos hipertensivos e outras situações que podem ocasionar, inclusive em um parto prematuro.

Há um período indicado para iniciar o estímulo ao bebê, ainda na barriga?

Aconselho que a gestante inicie o contato com o bebê desde a confirmação da gravidez, demonstrando o quanto é querido e desejado – esta relação afetiva também é fundamental que tenha a participação do pai e familiares.

O estímulo ao bebê é um fator ainda muito relevante para a mulher, pois a gestação envolve muitas mudanças, como no funcionamento do organismo, na estética corporal e também nas dosagens hormonais. Esta conscientização de que está se tornando mãe, no estreitamento dos laços afetivos com o bebê, pode contribuir significativamente para que o período da gestação seja mais tranquilo e evitar que ocorra a depressão pós-parto – é preciso que a mãe se prepare física e emocionalmente para este novo momento.

Como deve ser este estímulo ao bebê durante a gestação?

São muitas as formas possíveis para estimular o bebê durante a gestação e a mais importante é a demonstração de afeto. Pode parecer simples, mas traz benefícios inúmeros para o bebê a gestante.
Além disso, há outras condutas que podem contribuir, como:

Musicoterapia: A técnica prevê que a mãe coloque músicas calmas e tranquilas para escutar durante a gestação. Podem ser cantigas infantis, músicas instrumentais, ou mesmo sons que remetam a natureza. Estudos confirmam que os bebês que foram expostos a musicoterapia durante a gestação apresentam um desenvolvimento mais saudável, além de serem mais calmos.

Massagem: Estimular o bebê com o contato físico na barriga também é uma alternativa de demonstrar afeto. O carinho, associado a palavras de amor, são percebidos pelo bebê.

Exercícios: A prática de exercícios físicos direcionados a gestante é uma boa forma de estimular o bebê. Hidroginástica e Yoga são os mais indicados, quando supervisionados por profissionais aptos e autorizados pelo médico que acompanha a gestante. Estes são momentos dedicados ao bebê que fazem bem de forma geral para a gestação.

Como o pai pode participar deste processo?

A participação do pai durante toda a gestação é muito importante, e ele é ator fundamental na interação e estímulo ao bebê. É perceptível os ganhos no desenvolvimento do bebê durante a gestação quando o pré-natal da gestante tem o acompanhamento do pai, seja nas consultas e/ou exames. Além do estreitamento dos laços com o filho, a presença do pai tende a transmitir maior segurança a gestante.

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