A pílula anticoncepcional é um dos métodos contraceptivos mais utilizados para evitar uma gestação indesejada. Ela é feita de hormônios combinados, geralmente estrogênio e progesterona, e inibe a ovulação. No entanto, alguns efeitos colaterais podem ser associados ao uso da pílula, gerando dúvidas entre as mulheres.
Uma das dúvidas mais frequentes é se a pílula realmente pode causar trombose, formação de um coágulo sanguíneo em uma veia na parte inferior do corpo, geralmente nas pernas. Segundo o Dr. Soubhi Kahhale, coordenador de Ginecologia e Obstetrícia do Hospital e Maternidade São Luiz Itaim, o risco pode aumentar, mas em poucos casos. Isso acontece porque o estrogênio exerce uma interferência na coagulação do sangue, favorecendo o desenvolvimento da trombose.
No entanto, o médico esclarece que isso é uma preocupação apenas para as mulheres que apresentam fatores de risco. São eles: pacientes com trombofilia, uma anomalia no sistema de coagulação que aumenta a propensão ao desenvolvimento de trombose, além de pessoas com tendências genéticas ao adquirias para o aparecimento desta doença, que já tiveram trombose ou antecedentes na família.
“Isso pode ser diagnosticado de maneira correta por exames laboratoriais, indicados pelo ginecologista quando ele achar necessário”, diz. O especialista também afirma que outras mulheres que não devem fazer uso da pílula são as que já tiveram e trataram câncer de mama.
É comum que muitas mulheres comecem a tomar anticoncepcional ou troquem de pílula de pílula sem consultar o médico, mas é importante ressaltar que esta não é a conduta ideal. “Sempre deve haver uma avaliação para verificar os riscos que a paciente tem. O ginecologista vai verificar se existe a necessidade ou não de exames e investigar o histórico da paciente e de seus familiares”, explica o Dr. Soubhi.
As pílulas têm dosagens maiores e menores de seus componentes e a progesterona muda de um medicamento para o outro. Por isso, o médico é quem sabe qual é o melhor tipo de hormônio e a melhor dose para aquela paciente. Também é essencial que depois de um tempo de uso, aproximadamente seis meses, o médico veja o que a paciente está sentindo, porque cada paciente responde de um jeito ao uso do contraceptivo.
De uma forma geral, os benefícios da pílula, que vão desde a correção do ciclo menstrual até a prevenção de endometriose e alguns tipos de câncer, superam muito os riscos, que são poucos caso sejam tomados os cuidados necessários. A utilização do anticoncepcional é segura, se for receitada pelo médico e com os exames apropriados, caso ele julgue necessário.
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