Rede D'Or São Luiz humaniza tratamento de crianças
internadas graças à solidariedade de ações voluntárias
Mesmo em uma sociedade onde as questões pessoais são muito
latentes, ainda há espaço para a solidariedade. Nos corredores dos hospitais,
por exemplo, é perceptível a importância de ações voluntárias e solidárias para
os pacientes, principalmente para crianças que passam grande parte dos seus
dias internadas. Pensando nisso, a Rede D’Or São Luiz, ao lado de instituições
parceiras, desenvolve projetos especiais para estes meninos e meninas.
Mas, afinal, qual é a importância das ações solidárias? Dr.
Jorge Moll Neto, diretor-presidente do Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino
(IDOR), foi o primeiro neurocientista no mundo a concluir que fazer uma boa
ação ativa áreas do cérebro relacionadas com o prazer, o bem-estar e o
sentimento de pertencimento. João Ascenso, doutorando do instituto, relaciona o
estudo à linha filosófica de Sócrates, Platão e Aristóteles. Eles afirmavam que
a felicidade duradoura só é possível com práticas de virtudes como o altruísmo.
É o que também pensa o Instituto Rio de Histórias, projeto
da Associação Viva e Deixe Viver, que realiza visitas semanais nos hospitais
Rios D’Or, em Jacarepaguá; Copa D'Or, em Copacabana; Oeste D'Or, em Campo
Grande; e o Hospital Estadual da Criança, em Vila Valqueire, para contação de
histórias. Tais atividades lúdicas e recreativas auxiliam a criança no
enfrentamento da doença, além de atuar como agente terapêutico, contribuindo
para uma melhor qualidade de vida.
No Rios D´Or, as ações solidárias avançam ainda mais nos
finais de semana: dois novos grupos começaram a atuar na unidade em fevereiro.
O Faz de Conta vai levar às crianças os personagens encantados dos clássicos
infantis enquanto o Projeto Saving Lives vai possibilitar aos pequenos
pacientes ver de perto o Homem Aranha e vários outros super heróis.
Além dos medicamentos indicados pelos especialistas, a
presença do trabalho voluntário para os pequenos internados contribui para a
humanização do tratamento. A psicóloga do Hospital Caxias D’Or, Teresa Beatriz
Eder, destaca a importância do contato do voluntário com a criança. “Sempre que
possível, incentivo a realização dessas visitas para esses pacientes. É bom
estimular momentos confortantes para eles”, explica a especialista.
A Trupe Miolo Mole, outro parceiro da Rede D’Or São Luiz,
visita semanalmente inúmeras crianças na unidade de Jacarepaguá e de Vila
Valqueire para apresentações teatrais e brincadeiras. O grupo de palhaços
realiza vínculos não só com pacientes, mas também com seus familiares e equipe
médica. Assim como a Comunhão da Alegria que, durante todas as quartas-feiras,
marca presença na pediatria do Hospital Quinta D’Or e no Centro de Oncologia
D'Or, ambos em São Cristóvão, para apresentações musicais. Para eles, a música
não é apenas um entretenimento, mas também uma forma de acalmar e proporcionar
bem-estar durante o tratamento.
Em meio a tanta dor, atos de verdadeira solidariedade
representam um papel relevante tanto para quem os pratica quanto para os que
recebem. No fim das contas, todos saem ganhando.
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