Sintomas gastrointestinais, como
constipação, cólica aguda e diarreia podem ser sinais de endometriose
intestinal.
A
endometriose, doença que ocorre apenas nas mulheres, é uma inflamação provocada
pelo acúmulo indevido de células do endométrio (tecido que reveste a parte
interna do útero) fora da cavidade uterina. “Quando a mulher menstrua parte das
células do endométrio são eliminadas na menstruação. No entanto, em alguns
casos, essas células migram para outras partes do corpo formando nódulos,
resultando na endometriose”, diz Rubens Gonçalves Filho, ginecologista e
obstetra do Hospital e Maternidade São Luiz Itaim.
De acordo o
especialista, em geral a endometriose acomete 10% a 15% das mulheres em idade
fértil, sendo mais frequente na faixa-etária dos 30 aos 40 anos. O
peritônio, membrana que envolve a face interna do abdômen, é a região mais
afetada pela doença, seguido pelo ovário, bexiga e intestino.
Ao atingir o
intestino, a doença também pode provocar dores e distensões abdominais
relacionadas ao período menstrual e, em casos mais graves, sangramentos retais
e obstruções intestinais. “A endometriose intestinal pode ser tratada com
medicamentos ou cirurgia. Dependendo da gravidade é necessário cauterizar o
local afetado do intestino ou até remover a parte do órgão doente”, explica o
especialista.
Outro prejuízo ocasionado pela
doença, independente do local da inflamação, é a infertilidade. De acordo com o
ginecologista, metade das mulheres diagnosticadas com endometriose apresentam
problemas para engravidar devido a falhas na ovulação, obstrução das trompas e
entre outros fatores. “O diagnóstico precoce da endometriose é fundamental para
reverter o quadro. Mulheres com dores pélvicas e abdominais frequentes ou com
piora ao longo do tempo, relacionadas ou não ao período fértil, devem ficar
atentas e procurar ajuda médica”, explica.
Cólicas menstruais intensas e dor
durante as relações sexuais são outros sintomas característicos da doença,
independente do órgão afetado, que merecem atenção.
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