Em entrevista para a Revista Crescer, a especialista em reprodução assistida Maria Cecilia Erthal, diretora médica do Centro de Fertilidade da Rede D’Or, respondeu algumas perguntas sobre os motivos que podem levar a um aumento do número de homens com problemas de fertilidade.
O que tem prejudicado tanto a fertilidade masculina?
As células reprodutivas são as únicas do nosso corpo que só têm metade do número de cromossomos, o que as torna mais sensíveis a qualquer agressão. O primeiro fator da alteração seminal é o tempo, porque, assim como a mulher, o homem tem postergado o momento de ter filhos, e hoje sabemos que o sistema reprodutor masculino também envelhece.
Outras questões são a poluição, o uso de agrotóxicos e conservantes nos alimentos e maus hábitos como consumo exagerado de álcool e fumo.
O número de homens procurando o diagnóstico para esse problema está aumentando?
Sim, esse é outro fator do aumento. Já alguns anos, os homens nem consideravam a possibilidade de serem inférteis. Se o casal não conseguia engravidar, a culpa era sempre da mulher.
Ele sequer fazia um espermograma porque existia o tabu de que a infertilidade estava ligada ao potencial sexual. Hoje o homem está mais consciente e procura ajuda.
E qual é a hora certa para se começar o tratamento?
Quanto antes, melhor. Hoje existem muitas alternativas para esse problema, desde a injeção intracitoplasmática do espermatozoide diretamente no óvulo até a indicação de vitaminas antioxidantes, que melhoram a qualidade seminal.
Sobre o que você quer saber?
segunda-feira, 14 de janeiro de 2013
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