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segunda-feira, 18 de junho de 2012

Pioneirismo na saúde

O Centro de Oncologia da Rede D’Or, localizado no Hospital Quinta D’Or, concluiu em maio a primeira radiocirurgia para metástases no fígado na América Latina. O procedimento utilizado foi a radiocirurgia guiada por imagem (IGRT, do inglês, Image Guided Radiation Therapy) com acompanhamento do movimento respiratório e rastreamento da localização das lesões em tempo real.

Essa tecnologia chegou ao país recentemente e fez com que a radiocirurgia ganhasse precisão submilimétrica, focando as emissões diretamente no tumor e preservando ao máximo tecidos saudáveis. “A radiocirurgia no Brasil já era utilizada há muitos anos, no entanto era restrita a lesões cranianas, sejam metástases cerebrais ou tumores primários do Sistema Nervoso Central.

Há pouquíssimo tempo está sendo possível adaptar este tratamento para lesões pulmonares, hepáticas ou do pâncreas”, explica o Dr. Felipe Erlich, médico rádioterapeuta responsável pelo procedimento. “Isto porque, enquanto as estruturas cerebrais são fixas, as lesões fora do cérebro são móveis, se movimentam conforme a respiração e não são passíveis de fixação com máscaras ou outros instrumentos que prendam o paciente à cama”, conclui.

 A tecnologia, que possibilita a radiocirurgia em outros órgãos do corpo, é chamada Gating Respiratório e chegou ao país em 2011, com a aquisição do aparelho alemão Novalis 6D pela Rede D’Or São Luiz. É considerado um dos mais precisos equipamentos para o tratamento contra o câncer na atualidade e está no rol dos principais tratamentos minimamente invasivos, o que elimina a necessidade de internação.

 Entenda o procedimento 

Segundo Dr. Felipe Erlich, a radiocirurgia de fígado para as metástases hepáticas se inicia com uma rigorosa seleção de pacientes, sendo candidatos aqueles considerados inoperáveis e que possuam até três lesões, cada uma delas menor que 6,0cm e com função hepática preservada.

 O segundo passo é a implantação de marcadores fiduciais de ouro, utilizados para que o aparelho localize a lesão com a máxima precisão. Após esta etapa, são colocados fiduciais reflexivos externos, utilizados para o rastreamento da respiração e elaboração da curva respiratória do paciente.

O quarto passo é a Tomografia 4D com Gating Respiratório feita pelo equipamento Novalis. O rastreamento em tempo real permite que os médicos apliquem a radiação, propriamente dita.

Fonte: Jornal Extra

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