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quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Cirurgia com robôs




Os robôs Da Vinci e Zeus chegaram aos hospitais para ficar. Controlam instrumentos laparoscópicos, câmeras e salvam vidas.

Hoje, como se fossem videogames, os novos modelos são acionados por consoles dotados de pedais que manipulam os braços mecânicos e sistemas de voz que movimentam câmeras capazes de formar imagens tridimensionais, dependendo do modelo.

Nos centros cirúrgicos dos Estados Unidos, os robôs já são 1.500; na América Latina, 14; e, no Brasil, quatro. Apesar de não saberem diferenciar um pâncreas de uma próstata, eles alcançam áreas de difícil acesso e não erram, se forem bem guiados pelo cirurgião.

No caso de próstata, isso é evidente. Pesquisas mostram que, com eles, é possível aumentar em 50% a chance de se preservar a potência sexual, em caso de retirada de próstata.

Há maior segurança nos procedimentos com robôs. A grande vantagem dele é o aumento de liberdade de movimentação das pinças do cirurgião, as quais são mais articuladas principalmente em suas extremidades. O possível tremor do médico é eliminado pelo sistema e não é transmitido para o campo operatório. Outro benefício é o posicionamento ergonômico do cirurgião, diminuindo a chance de erros por fadiga.

No Inca, entre 20% e 25% das cirurgias já são feitas com técnicas minimamente invasivas, como videolaparoscopia e neuroendoscopia, em que se usa instrumentos óticos para acessar o tumor. Elas são indicadas em operações colorretais, urológicas e ginecológicas, principalmente, mas também na retirada de tumores cerebrais, dependendo do caso. Este número tende a crescer no segundo semestre de 2012, quando a técnica robótica será acrescentada a este arsenal.

O que a robótica traz de avanço é que a visualização é melhor, e é possível manipular (a região operada) até mais com o braço mecânico do que com a mão humana, em razão do alcance. Ele acessa locais onde a mão humana tremeria e tem sensores capazes de sinalizar que não se deve ir adiante, dependendo das condições do tecido que está sendo tocado.

Assim que estiver treinada no manejo do equipamento, a equipe do Inca começará a preparar profissionais de outros hospitais do Sistema Único de Saúde.

A Rede D’Or vai investir em tecnologia robótica e treinamento de profissionais para usá-la em intervenções nas áreas de urologia, ginecologia, cardiologia e cirurgia geral. O método será usado principalmente no Copa Star, hospital de alto luxo da rede que está sendo construído em Copacabana, a 50 metros do Copa D’Or, com previsão para inauguração em 2013.

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