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segunda-feira, 21 de junho de 2010
Níveis de colesterol sobem um ano antes da menopausa
A chegada da menopausa interessa a milhões de mulheres. É o período em que o ritmo do corpo feminino passa por muitas mudanças. Os cuidados com a saúde devem ser redobrados.
O alerta dos médicos é para as doenças do coração e veio dos pesquisadores da Universidade de Pitsburg, nos Estados Unidos. Eles constataram que os níveis de colesterol aumentam bastante um ano antes da menopausa. Essa alteração deixa as mulheres mais vulneráveis às doenças cardíacas.
Quem vê a doméstica Celina Martins caminhando, confiante, aos 59 anos, não imagina os desafios que ela já enfrentou. Assim que entrou na menopausa, começaram os problemas no coração: “Tive arritmia, coloquei marca-passo”.
A relação entre a menopausa e o aumento do colesterol ruim, a gordura que faz mal à saúde, já era conhecida pelos médicos. Mas uma nova pesquisa aponta que os problemas começam mais cedo do que se imaginava: um ano antes da menopausa.
Para os especialistas, o grande diferencial da pesquisa é o tempo de avaliação. Os médicos acompanharam cerca de mil mulheres durante dez anos. O resultado mostra que, com a redução dos hormônios femininos, o colesterol ruim tende a aumentar. Durante a menopausa, os problemas no coração das mulheres chegam a ultrapassar as ocorrências dos homens.
“O risco é ter uma maior possibilidade de ter infarto ou um derrame”, aponta o médico da Unicamp Aarão Mendes Pinto Neto.
A dona de casa Maria de Lurdes Bongagna jamais pensou que poderia ter problemas cardíacos. Na virada do ano teve um infarto: “Parece que fechava o peito. Agora tomo medicamentos e está tudo sob controle”.
Os médicos dizem que o desafio é conscientizar as mulheres da necessidade de prevenção.
“Do ponto de vista cultural, as mulheres aceitaram muito bem fazer o diagnóstico precoce do câncer. Fazem papanicolau e mamografia. Mas raramente vão ao cardiologista para fazer o diagnóstico precoce de risco cardiovascular. O primeiro passo é que a saúde do coração é importante. O segundo passo é que a partir dos 35, 40 anos todas as mulheres façam uma avaliação do seu risco cardiovascular. É extremamente simples. É dosar glicemia, dosar colesterol, avaliar o índice de massa corpóreo, a cintura abdominal e como está a atividade física”, diz o médico da Unicamp Otávio Rizzi Coelho.
O estudo americano acompanha três mil mulheres há mais de uma década e tem mostrado que as alterações hormonais que chegam com a menopausa mudam muito a vida - e a saúde - de uma mulher.
Veja o vídeo acessando a página do Bom Dia Brasil.
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