O câncer do colo de útero é o segundo tipo de câncer mais comum entre as mulheres no mundo todo. Ele é caracterizado pelo crescimento anormal de células da parte inferior do útero. A incidência da doença começa a surgir em torno dos 20 aos 29 anos, mas o risco aumenta mesmo na faixa entre 45 a 49 anos. O perigo é que não há sintomas iniciais. Por isso, a importância do exame preventivo periódico, já que é o único meio de diagnosticar a doença no começo.
O colo é a região que liga o útero à vagina. Ele é responsável pela produção do muco que, por exemplo, durante a relação sexual, ajuda os espermatozóides a deslocarem-se em direção ao útero. Na menstruação, é através do colo que a camada interna do útero é liberada até a vagina, e se exterioriza. Quando a mulher está grávida, o colo fica completamente fechado, para abrir-se somente no parto e permitir o nascimento do bebê.
Apesar da extensa faixa de idade que o câncer do colo do útero pode afetar, ele é o que tem mais chance de cura, quando diagnosticado precocemente. O famoso Papanicolau* é o exame preventivo que pode identificar a doença. Ele deve ser feito pelo menos uma vez por ano, a partir dos 18 anos (ou da primeira relação sexual) e até os 65 anos, em média. O HPV, ou vírus do papiloma humano, principal causador desse tipo de câncer, é transmitido sexualmente. Ele causa alterações nas células do colo do útero, que podem se transformar em lesões pré-cancerigenas. Essa células são identificadas pelo exame de Papanicolau.
Hoje já é possível prevenir o câncer de colo de útero com a vacina contra o HPV, lançada recentemente. Mas é importante enfatizar, que ela não protege contra todos os subtipos do vírus. Por isso, o exame preventivo deve continuar a ser feito, mesmo em mulheres vacinadas.
Porém além do HPV, também há outros fatores de risco para o desenvolvimento da doença, como o início precoce da atividade sexual, a multiplicidade de parceiros sexuais, o tabagismo, a higiene íntima inadequada e o uso prolongado de contraceptivos orais.
Quando não detectado e logo tratado, os principais sintomas da doença são sangramento vaginal, corrimento e dor.
A melhor maneira de prevenir-se é sempre a camisinha, evitando, assim, a contaminação pelo HPV. Além disso, ter hábitos saudáveis como uma boa de alimentação, não fumar e praticar atividades físicas, assim como uma higiene íntima adequada e a visita periódica ao ginecologista, também são fundamentais para ficar longe desse mal.
* O nome do teste refere-se ao nome do seu criador, o médico greco-americano.
Para saber mais sobre a doença, acesse o site do Instituto Nacional do Câncer: http://www.inca.gov.br/conteudo_view.asp?id=326
Por Dra. Maria Cecíilia Erthal
Ginecologista e Obstetra. Diretora-médica do Centro de Fertilidade da Rede D'Or
Clique no ícone e ouça a Dra. Maria Cecília Erthal falando sobre o câncer do colo do útero
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quarta-feira, 18 de março de 2009
Câncer de colo de útero - Exames periódicos e vacina são a melhor prevenção
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