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quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Doação de Órgãos só é concretizada após autorização da família

O gesto que pode salvar vidas é um tabu entre os brasileiros

Informações da Aliança Brasileira pela Doação de Órgãos e Tecidos (ADOTE) baseadas em levantamento realizado pelo Ministério da Saúde aponta que nos últimos cinco anos a espera na fila por um transplante caiu cerca de 40%, de 64.774 em 2008, para 38.759 em 2013. Mesmo assim, somente no Rio de Janeiro especificamente, mais de 1.900 pessoas esperam para receber um transplante.  Do outro lado da questão, até setembro de 2013, a taxa de doadores de órgão cresceu 5,5% em relação a 2012, segundo dados da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO).

O aumento significativo, mas insuficiente, ainda encontra na resistência dos familiares o maior obstáculo.  Mesmo que uma pessoa que venha a falecer deixe por escrito o desejo de ser um doador, a ação só pode ser concretizada após autorização familiar.

Como grande parte dos doadores são vítimas de situações inesperadas como acidentes, trauma ou acidente vascular cerebral, a família fica muito sensibilizada e a decisão de consentimento é mais difícil.

Por isso, informar os parentes sobre sua vontade e, principalmente, sobre a importância da doação de órgãos é fundamental. Esse é o primeiro passo para que a opção por ser doador seja respeitada e o procedimento seja autorizado em quaisquer circunstâncias.    

Vale lembrar que todo procedimento começa apenas quando há o diagnóstico de morte encefálica. Após essa constatação, a Comissão Intra-Hospitalar de Doações de Órgãos e Tecidos de cada hospital entra em contato com o Programa Estadual de Transplantes para organizar o processo.  Também é papel desta comissão, abordar a família para perguntar sobre o interesse em doar e conscientiza-los sobre a agilidade necessária para utilização dos órgãos passíveis de doação.