O gesto que pode salvar
vidas é um tabu entre os brasileiros
Informações da Aliança
Brasileira pela Doação de Órgãos e Tecidos (ADOTE) baseadas em levantamento
realizado pelo Ministério da Saúde aponta que nos últimos cinco anos a espera
na fila por um transplante caiu cerca de 40%, de 64.774 em 2008, para 38.759 em
2013. Mesmo assim, somente no Rio de Janeiro especificamente, mais de 1.900
pessoas esperam para receber um transplante. Do outro lado da questão, até
setembro de 2013, a taxa de doadores de órgão cresceu 5,5% em relação a 2012,
segundo dados da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO).
O aumento
significativo, mas insuficiente, ainda encontra na resistência dos familiares o
maior obstáculo. Mesmo que uma pessoa que venha a falecer deixe por
escrito o desejo de ser um doador, a ação só pode ser concretizada após
autorização familiar.
Como grande parte dos doadores são vítimas de situações inesperadas como
acidentes, trauma ou acidente vascular cerebral, a família fica muito
sensibilizada e a decisão de consentimento é mais difícil.
Por isso, informar os parentes sobre sua
vontade e, principalmente, sobre a importância da doação de órgãos é
fundamental. Esse é o primeiro passo para que a opção por ser doador seja
respeitada e o procedimento seja autorizado em quaisquer circunstâncias.
Vale lembrar que todo
procedimento começa apenas quando há o diagnóstico de morte encefálica. Após
essa constatação, a Comissão Intra-Hospitalar de Doações de Órgãos e Tecidos de
cada hospital entra em contato com o Programa Estadual de Transplantes para
organizar o processo. Também é papel desta comissão, abordar a família
para perguntar sobre o interesse em doar e conscientiza-los sobre a agilidade
necessária para utilização dos órgãos passíveis de doação.